Ação aberta ao público é parte do projeto Agosto das Artes
A Secretaria Municipal de Cultura promove no próximo dia 24, sábado, a partir das 09h, na Praça Dom Pedro II, uma intervenção urbana com a grafitagem de caçambas de lixo doadas pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente. O evento, que é aberto ao público e gratuito, faz parte do festival Agosto das Artes, que celebra a arte em todas as suas expressões ao longo do mês. Participarão dez artistas convidados: Cristian Psedks, Rafael Casp, Doug 13, Jeferson Negão, Rafael Primo, Ras Leo, Talles Keisy, Daniel Phill, Suzanito e Tiago Preto. Cada um customizará uma caçamba de acordo com seu estilo e inspiração, usando diferentes técnicas de grafite. Após a ação, as 10 caçambas ficarão em exposição na praça e poderão ser utilizadas normalmente pela população. Informações (19) 3825-2056.
A ideia, original, teve grande repercussão na primeira edição em 2012, onde as caçambas também foram customizadas durante o Agosto das Artes e compuseram a exposição Projeto Arte em Caçambas – Humanizando o espaço público, na Praça Dom Pedro II. “Ficamos surpresos com a receptividade e interesse do público”, destaca a secretária municipal de Cultura Erika Hayashi Kikuti. “Mesmo após o encerramento do projeto, as caçambas, que viraram obras de arte, continuaram atraindo a atenção de quem circula pelo local. Resolvemos então repetir a iniciativa como parte do Agosto das Artes. É também um modo de aliar arte e preservação ao meio ambiente, lembrando as pessoas da importância da preservação e do cuidado com a cidade em que vivem”, completa.
*Grafite significa em latim e italiano “escritas feitas com carvão” e designa a arte da inscrição caligrafada e do desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Acredita-se que tenha origem no Império Romano, mas muitos consideram que as pinturas rupestres, dos homens da caverna, também foram uma forma pré-histórica de grafite. Milhares de anos depois destas civilizações, no final da década de 60 e o início da década de 70, jovens do Bairro do Bronx, nos Estados Unidos, restabeleceram esta forma de arte, mas desta vez não com carvão e sim com spray, criando um novo diálogo de grafite, colorido e muito mais rico, tanto visualmente quanto no conteúdo de mensagens que eram passadas. Há duas teorias que explicam a origem dos grafiteiros modernos e uma complementa a outra: há quem diga que o grafite surgiu do Hip Hop (cultura de rua originária dos guetos americanos que une o rap, o break, e o grafite). A outra afirma que o grafite surgiu em Nova York e de lá se espalhou pelo mundo. Por muito tempo visto como uma contravenção, hoje está inserido como forma de expressão no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana, em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entre os principais estilos estão:
Grafite 3D: desenhos concebidos a partir de ideias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.
WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.
Bomber: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.
Letras grafitadas: incorporação das técnicas do grafite à pichação. As letras grafitadas representam a assinatura do grupo.
Grafite artístico ou livre figuração: nesse estilo vale tudo, como caricaturas, personagens de história em quadrinhos, figurações realistas e também elementos abstratos.
Grafites com máscaras e spray: facilita a rápida execução e disseminação de uma marca individual ou de grupo.
No Brasil, estima-se que o grafite tenha surgido também na década de 70 e o dia do grafite é comemorado em 27 de março, data em que faleceu Alex Vallauri, tido como pioneiro da arte no país.
*Fonte: sites História das Artes Visuais e Ação Educativa.
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