Intolerância
Assim
não dá! Nem bem o falso moralista Marcos Feliciano saiu da Comissão dos
Direitos Humanos e lá vem Brasilia, de novo, provocar o mundo GLBT. O novo
presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, declarou com todas as letras que
não vai deixar que o casamento entre pessoas de mesmo sexo seja aprovado
naquela casa. Que retrocesso! Com a palavra o Supremo Tribunal Federal, que já
reconhece esse direito. E que as Paradas Gay deste ano não deixem de malhar o
Judas, ops, o nobre deputado!
Tolerância
Ainda
bem que existem pessoas com responsabilidade ética que enxergam as diferenças
sexuais com a devida naturalidade. É o caso do cirurgião plástico de
Indaiatuba, Dr. Jalma Jurado, um precursor da cirurgia que corrige um erro da
natureza, transformando meninos com alma feminina em meninas e vice versa.
Hoje, o querido Companheiro Leão Jalma Jurado é uma referência nacional
nesse quesito e muitos outros cirurgiões se tornaram seus discípulos por meio
dos cursos que ele ministra nas faculdades de medicina. O Dr. Jurado já fez
mais de mil cirurgias, todas com resultados excelentes, principalmente no que
se refere ao drama psicológico dos transgêneros. E, curiosamente, o número de
homens que se transforma em mulheres, aqui no Brasil, é bem maior do que o número
de mulheres que passam por essa cirurgia, ao contrário do que acontece na
Bélgica.
Intolerância
2
Alan
Turing, matemático inglês, inventou uma máquina precursora do computador e, com
ela, conseguiu decifrar o Enigma, o código que os nazistas usaram durante a II
Guerra Mundial. Graças ao gênio de Turing, milhões de vida foram salvas e a
guerra durou menos do que esperado. Alan Turing, em vez de ser considerado um
herói, recebendo todas as honrarias que lhe eram devidas, acabou sendo
perseguido pela polícia inglesa por causa de sua condição homossexual. O
suicídio, nesse caso, foi a solução encontrada. Tudo isso está narrado no
belíssimo filme O Jogo da Imitação, indicado em oito categorias do
Oscar e que continua em cartaz no Cine Topázio do shopping Jaraguá. Um filme
imperdível pelo seu humanismo e pelo despertar de consciências.
Tolerância
2
Os donos da indústria musical
também estão se revelando bastante tolerantes quanto à sexualidade de seus
artistas. O jovem inglês Sam Smith foi o maior premiado no Grammy deste ano.
Ele é o autor e o intérprete de Stay With Me, música que ele diz
ter escrito por causa de um namorado que o deixou. Agora, Adele não é mais a
única a ganhar Grammy escrevendo músicas que falam do rompimento com o amado.
Quem assistiu ä entrega do prêmio, ouviu Sam Smith, do alto dos seus 22
aninhos, dizer em alto e bom som:
"Obrigado ao cara que
partiu meu coração, você me deu quatro Grammys”.
Sam Smith tem apenas 22 anos,
diz que sofreu bullying na adolescência por ser gay e uma de suas atitudes em
defesa dos homossexuais é se recusar a tocar na Rússia - "o que eles fazem
com os gays lá é horrível", ele diz. Sam vai participar do Rock in
Rio em Las Vegas, mas ainda não agendou nenhuma apresentação no Brasil.
Apoio à causa
Artistas heterossexuais andam fazendo manifestações de apoio à
homoafetividade e contribuindo para que o nível de intolerância despenque.
Roberto Carlos já se declarou favorável ao casamento entre pessoas de mesmo
sexo e admitiu que poderá fazer uma música romântica que fale de gays e seus
amores. Valesca Popozuda e Roberto Faro também deram sua contribuição à causa
num vídeo postado na página oficial que ela mantém no Facebook demonstrando seu
repúdio à homofobia: “Homofobia é crime, e preconceito não tá com nada”, diz o
apresentador. “Somos contra a intolerância sexual”, completa a funkeira.
Acabaram virando uma Dupla do bem!!!
Leia.
E perca o medo!
Você
ainda não saiu do armário por causa do medo da reação de sua mãe? Bobagem perca
esse medo e compre pra ela o novo livro do psicólogo Claudio Picazio, o
didático “Uma outra verdade – Perguntas e respostas para pais e
educadores sobre homossexualidade na adolescência” (Edições GLS).
Nas
104 páginas do livro, papais e mamães vão encontrar respostas para várias
questões pertinentes à época e à orientação sexual. Perguntas como “a
homossexualidade é genética?”, “qual é a diferença entre homossexuais,
transexuais e travestis?” e “casais gays podem namorar no intervalo das aulas?”
respondidas sem rodeios, com direito ainda a textos informativos em cada
capítulo.
Claudio
Picazio é especialista em sexualidade humana e em violência doméstica e abuso
sexual infantil. Ele atua como psicólogo clínico há 27 anos atendendo
adolescentes e adultos e oferecendo terapias para casais homo e heterossexuais.
É autor dos livros “Diferentes desejos: adolescentes homo, bi e heterossexuais”
e “Sexo secreto – Temas polêmicos da sexualidade”, ambos da Edições GLS. Não é
por falta de informação que você vai deixar de fazer seu outing, não é mesmo?
Um
gay na sua vida
Por
falar em livro, tem uma novidade nas estantes que, à primeira vista, parece ser
uma obra oportunista, mas que vale a pena ser conferida. Trata-se de Por
que Toda Mulher Precisa de um Gay em Sua Vida livro que a jornalista
Andrea Franco escreveu e publicou pela editora Matrix. O livro traz vários
depoimentos de mulheres sobre a relação que possuem com homens gays e a própria
autora revela ter amigos gays de longa data. "Tenho amigos assim, que por
acaso são homossexuais. Eles geralmente são pessoas descoladas, de bem com a
vida e ótimos para oferecer um ombro amigo", ela afirma. Vai ser bom
constatar que ela não escreve sobre estereótipos.
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Homofobia: é
de pequeno que se torce o pepino
Walcyr
Carrasco, conhecido por ter escrito novelas como "Caras e Bocas" e
"Sete Pecados", é o responsável pela coleção "Todos
Juntos", uma série de livros infantis com o propósito de levar para o
universo das crianças temas como respeito às diferenças e preconceito. Um dos
livros integrantes da série é Meus dois pais, livro indicado para
alunos do Ensino Fundamental.
A
trama é protagonizada por Naldo, garoto filho de pais separados que vai morar
com o pai e seu novo companheiro quando sua mãe precisa mudar de cidade por
conta do trabalho. Tudo vai muito bem até Naldo sentir na pele a discriminação,
que se revela por meio de piadinhas dos colegas da escola e das mães de outros
alunos.
Ao
se dar conta de que o pai é homossexual, o primeiro sentimento do menino é a
rejeição e ele acaba pedindo para ir viver com a avó. Mas a história tem final
feliz, com Naldo percebendo que ama seu pai incondicionalmente e que ter dois
pais pode ser um barato.
Walcyr
Carrasco trata com naturalidade um assunto que para muita gente é tabu:
famílias homoparentais. Sem esquecer que estava escrevendo para crianças, o
autor não deixou de fora o drama da homofobia, sempre um tema que merece ser
revisitado.
Além
de "Meus dois pais", a série infantil de Walcyr Carrasco conta ainda
com "Pituxa, a vira-lata", sobre discriminação racial; e "A
ararinha do bico torto", criado para estimular nos pequenos a inclusão
social de deficientes físicos.
Wladimir Soares
wladysoares@uol.com.br
Adorei! Um ótimo texto com linguagem clara e muito esclarecedora.
ResponderExcluirWlad, como sempre arrasando com as letras! Amei! E sabe, eu tenho muuuuitos gays na minha vida e amo cada um deles!!!! Beijo meu lindo!!!
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